terça-feira, 6 de outubro de 2015

APRENDENDO A POUPAR

"Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas o homem insensato os desperdiça."
 Provérbios  21.20

aprendendo a poupar
Assim como fizemos com os artigos finanças para casais, quando publicamos seis textos a respeito da importância  de se ter um planejamento familiar. Pretendemos escrever alguns artigos  a respeito da necessidade de nos preocupar em poupar.                                                                                                                                                   



Pretendemos chamar a atenção para a  extrema relevância deste assunto. Sim, porque, infelizmente, não faz parte da nossa  cultura  a preocupação com a poupança.
 

Na mesma proporção que as pessoas gastam de forma exagerada, também, não poupam. A falta de uma educação financeira em nossa infância, acaba fazendo que levemos para a nossa vida os costumes herdados de nossos pais e, infelizmente, em muitos casos, são hábitos muito mais voltados para o consumo descontrolado, do que para o pensamento em guardar alguma coisa.


 

Existe um projeto na câmara dos deputados, que se encontra engavetado, que tem como objetivo colocar na grade escolar, a partir dos seis anos de idade, esta matéria nas escolas, porém os colégios ainda não são obrigados a isto, e a quase totalidade deles não tem a menor preocupação em ensinar, desde cedo, a respeito do assunto.

Podemos, então, começar fazendo uma pergunta: O que é poupar? 
 
Podemos ter como respostas, juntar dinheiro, abrir uma poupança, fazer economia e outras. Entretanto poupar é algo um pouco mais profundo do que isto. Poupar é adiar o nosso potencial de consumo atual para o futuro, ou seja, é deixar de gastar, neste momento, um dinheiro que já temos, visando realizar alguma coisa que estamos planejando, lá na frente. Então não é uma coisa tão simples assim, pois vivemos numa sociedade que privilegia o consumo, que nos arremete justamente para o lado contrário, qual seja, em vez de guardar o dinheiro para o futuro, somos bombardeados pelas propagandas, pelas datas determinadas pelo comércio, dia das mães, natal, dia dos pais, dia dos namorados, páscoa, dia das crianças, que visam, justamente, o consumo já.
 
Então, adiar para o futuro não é uma tarefa muito fácil, quando vivemos num mundo que nos estimula o tempo todo a gastar já.

Sendo assim,  precisamos fazer uma escolha, qual seja, ou vivemos de acordo com a lógica dos tempos atuais, que prega o endividamento, ou  criamos uma proposta para a nossa vida de andar na contra-mão desta exortação, que seria poupar, e gastar de acordo com um planejamento feito em cima de objetivos.  

Bem, se é tão importante assim, por que as pessoas não poupam? 
 
Bem, muitas pessoas não poupam porque vivem endividadas, vítimas da cultura que colocamos acima, ou seja, estas pessoas não conseguem resistir aos chamamentos do marketing, que nos massacra diariamente, e acabam se entregando ao consumismo, isto é,  privilegiam a cultura do endividamento, se preocupando, apenas, em viver o presente. Estas pessoas não possuem  as coisas e se endividam para ter,e o que é pior,  não pensam no futuro, acham que poupar é bobagem, que o importante é viver o momento, esquecendo que o futuro vai chegar, a não ser que morramos ainda jovens, e quando isto se tornar realidade, será tarde demais. Então começarão a lamentar a sorte, a falar mal do governo, a falar mal do patrão, esquecendo-se que desperdiçaram anos de suas vidas jogando dinheiro fora, isto é, gastando de forma exagerada, sem disciplina, consumindo de forma irresponsável.
 

Outras, cometem  outro erro, o de achar que somente os ricos conseguem poupar. Em minha carreira, vi ricos totalmente endividados e pobres com dinheiro guardado. Poupar não está diretamente ligado a ser pobre ou rico. Poupar tem tudo haver com atitude, com mudança de comportamento na relação que temos com  o dinheiro. Você pode estar se perguntando, relação com o dinheiro?  Sim, de uma forma intrínseca, temos uma relação com o dinheiro, e é  esta forma de lidar com ele  que vai determinar, na grande maioria da vezes, o sucesso ou o fracasso de um planejamento familiar, de conseguirmos, ou não, fazer uma poupança, e por aí vai. Entretanto, é bom deixar bem claro que, quando falamos em poupar, não estamos pregando a avareza, o não consumir de forma disciplinada, consciente e dentro de nossas possibilidades, estamos falando de determinarmos um percentual de nossa renda, para a consecução de nossos objetivos, metas e realização de sonhos normais de qualquer ser humano.
 

Hoje ficaremos por aqui. Em nosso próximo artigo, falaremos, justamente, destes objetivos e metas que devem nortear a nossa vida.

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