sábado, 16 de julho de 2016

QUANDO O PROBLEMA É A SOLUÇÃO

E aproximando Faraó, os filhos de Israel levantaram seus olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então os filhos de Israel clamaram ao SENHOR. E disseram a Moisés: Não havia sepulcros no Egito, para nos tirar de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos fizeste isto, fazendo-nos sair do Egito?  Não é esta a palavra que te falamos no Egito, dizendo: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios? Pois que melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrermos no deserto.
(Êxodo: 14.10-12)


quando o problema é a solução

Este capítulo trata da travessia dos filhos de Israel pelo Mar Vermelho, após a partida do Egito, como Deus tinha prometido.
A rota direta entre o Egito e a Palestina tinha, aproximadamente, 320 Km e poderia ser percorrida em cerca de duas semanas. Entretanto, Deus os levou por um caminho mais longo a fim de evitar um possível encontro com os filisteus. Os filhos de Israel não eram treinados para a batalha e a fé ainda era fraca. Eles poderiam se arrepender quando vissem a guerra e voltar para o Egito. O Senhor conhecia a força limitada do seu povo e o protegeu de tentações inadequadas, por isso Ele guiou Israel pelo caminho do deserto, perto do Mar Vermelho.

Após o povo ter saído o Faraó começou a reavaliar a libertação dos escravos. É possível que tenha tomado conhecimento da jornada, aparentemente a esmo que o povo estava fazendo, e pensou que eles estariam perdidos, aliado ao fato de se sentir frustrado pela perda de tantos trabalhadores e resolveu sair em perseguição aos israelitas.


Então chegamos aos versículos que acabamos de ler. Cercados pelo mar, os israelitas enfrentavam o exército egípcio ávido pela matança e pensaram estar arruinados. Após assistir à poderosa mão de Deus a livrá-los do Egito, sua única resposta foi o desespero.
Bem, vocês devem estar indagando o que esta história tem a ver comigo, ou conosco.
Voltando ao texto, se olharmos os versículos 3 e 4, do capítulo 14, verificamos que o passar por aquele aperto, era conseqüência do plano de Deus, que endureceu o coração do Faraó para que perseguisse o povo. O final desta história todos nós sabemos, conforme o constante no versículo 28: “Porque as águas, tornando, cobriram os carros e os cavaleiros de todo o exército de Faraó, que os haviam seguido no mar; nenhum deles ficou”

O que estamos querendo dizer é que existe um propósito de Deus para nossas vidas. Todos nós temos os mais diversos problemas. Não há nenhuma pessoa que não tenha pelo menos um. São problemas de doença, de família, financeiro, porém o que queremos chamar a atenção é que quando o vento aumenta, a tempestade aperta, o deserto fica mais seco, não significa que as coisas estão saindo do controle.
Elas podem estar piorando, aos nossos olhos, mas nós não temos a menor idéia do que Deus está por fazer. O que para o povo de Israel parecia o fim, era Deus trabalhando para liquidar com o exército egípcio. É difícil para nos entendermos isto. É difícil para nós assumirmos uma atitude otimista, quando tudo está desmoronando. É difícil para nós não murmurarmos. Então cabe uma pergunta: O que fazer? A resposta resume-se em uma palavra: confiar.

E é de confiança que queremos falar. As vezes ficamos olhando e reparando quando algum pregador pergunta, quem neste lugar confia em Deus? E toda a Igreja levanta o braço. E agora fazermos a seguinte pergunta? Confiamos mesmo?
Para respondermos esta pergunta precisamos saber algumas coisas sobre a confiança. A confiança passa por três estágios, quais sejam: apresentação, relacionamento e conhecimento. O que quer dizer isto? É muito simples. Vamos supor que eu e você nos conhecemos agora, neste momento, e vamos trabalhar juntos. Este primeiro momento é difícil. Ainda não nos conhecemos, não sabemos a forma como um e outro trabalha, de como você e eu gostamos das coisas. (fase da apresentação)
Automaticamente, sem que percebamos, entramos no segundo estágio(fase do relacionamento).
A proporção que o relacionamento vai aumentando, se estreitando, eu e você vamos nos conhecendo melhor. Algumas dúvidas que tínhamos a respeito um do outro vão se dissipando e, finalmente, chegamos ao terceiro estágio(fase do conhecimento), ou seja, chegamos a um determinado momento que já nos conhecemos bem, e, naturalmente, a confiança entre nós passa a existir.
O que estamos querendo dizer é que a confiança não nasce de um dia para o outro. Ela tem de ser construída. E com Deus é a mesma coisa, porém com uma diferença fundamental. No exemplo dado, as três fases da confiança tem de ser construídas pelos dois, mas com relação a Deus cabe somente a você e a mim esta construção.

Deus confia em mim e em você, por isto nos escolheu. Nós que não confiamos, nós é que temos dúvidas, nós é que enchemos os nossos corações de ansiedade.
Deus nos trouxe até aqui. Se apresentou para nós. Se colocou à nossa disposição. Cabe a nós estreitar o relacionamento. Buscando se aproximar Dele, através da oração, do jejum, da busca do conhecimento da Palavra, do cumprimento dos Seus princípios.
A proporção que este relacionamento vai aumentando, a terceira fase, a do conhecimento, será conseqüência.
Quando a terceira fase se instalar dentro de nós, automàticamente, a fé, a confiança tomará conta de nossas vidas . E quando isto acontecer, veremos que Deus nunca perde o controle. Conseguiremos sentir que, apesar de tudo que estamos passando, Deus não nos deixará sozinhos. Deus nunca nos abandonará na beira de um rio, a mercê de nossos inimigos. Por isto Ele diz ao povo que vá adiante. Que não é hora de orar e sim de se posicionar. De confiar, que todo o restante Ele o fará.
Então se você está na beira de um rio, sem saída, com o inimigo marchando contra você e você está achando que é o fim. Não é. Você, nem eu, sabemos o que Deus preparou. O final não está nas mãos dos nossos inimigos, não está nas nossas mão, está nas mãos daquele que é fiel, que jamais nos abandonará, que não mente e que prometeu nos salvar. Basta que confiemos. Pense nisso e deixe o seu comentário.

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